Por que os homens vão à guerra
Bertrand Russel propõe nesta obra uma filosofia da política “baseada na crença de que o impulso tem mais efeito do que o propósito consciente na modelagem da vida dos homens”.
Ele formulou esse pensamento em 1915/1916, sob o impacto da Primeira Guerra Mundial, quando escreveu e proferiu, em Londres, a série de conferências que compõem o livro.
Nos textos, Russel relaciona temas como guerra, pacifismo, razão, paixão e liberdade individual, e produz uma reflexão potente sobre os motivos que levam os homens a estados de beligerância e até que ponto isso poderia ser evitado.
Para o filósofo, cuja fama como crítico social e pacifista teve influência decisiva destas conferências, se os indivíduos fossem capazes de viver apaixonadamente, talvez pudessem refrear desejos como o de guerra ou o de matança.
Segundo ele, a razão ou a repressão excessiva levariam os homens a viver de modo não natural e incitariam ainda mais a hostilidade entre indivíduos diferentes.
Só a paixão teria a eficácia necessária à contenção de outra paixão.
Autor: Bertrand Russel
Editora: Editora Unesp